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Fisioterapia Geriátrica

Com o aumento da expectativa de vida, a população idosa se torna mais vulnerável em desenvolver alterações funcionais. A perda da força muscular e o equilíbrio são os principais fatores preocupantes, pois ocasionalmente estão relacionados a quedas.

 

Idosos adeptos de atividades físicas tem menor propensão a quedas, comparado aos sedentários. O comprometimento muscular é a causa primária das incapacidades funcionais, podendo gerar dependência funcional ao idoso. A fisioterapia geriátrica funciona muito bem nestes casos.

 

Na fisioterapia, os exercícios que promovam força e equilíbrio são indispensáveis, pois ajudam os idosos a retomar a coordenação motora e fortalecer os músculos que atuam com capacidade reduzida. Contribui também para melhorar a qualidade de vida do idoso ao diminuir as alterações biológicas do envelhecimento, vulnerabilidade e fragilidade.

 

Esses exercícios visam reinserir o idoso ao convívio social, o que é uma prática fundamental para uma boa qualidade de vida. Porém, a reabilitação deve ser programada para atender as necessidades individuais de cada usuário.

 

Fisioterapia para Idosos com diagnóstico de Parkinson, Alzheimer e Demências

A demência é caracterizada, predominantemente, pelo declínio das funções cognitivas do indivíduo, como, por exemplo a capacidade de memorizar e resolver problemas do dia a dia. Porém, alterações motoras também ocorrem em função da atrofia de regiões cerebrais responsáveis pelo planejamento dos movimentos. Assim, o paciente com demência poderá apresentar: dificuldades para caminhar, diminuição do equilíbrio e diminuição da mobilidade em geral, gerando um maior risco de sofrer quedas e fraturas e, consequentemente dificultando os cuidados por parte dos familiares e/ou cuidadores. Nos casos de demência, a fisioterapia atua com objetivo de reduzir a incidência de quedas, manter a independência e a funcionalidade possíveis para o estágio em que o paciente se encontra.

 

Para isso, o fisioterapeuta especializado em atendimento a idosos pode realizar:

  • Exercícios específicos para melhora do equilíbrio e marcha;
  • Exercícios em dupla tarefa que, além de exigir movimentos, trabalham aspectos cognitivos como a memória, a atenção e o raciocínio que são aspectos importantes durante o ato de caminhar, por exemplo;
  • Prescrever dispositivos auxiliares de marcha (bengalas/andadores);
  • Orientar a família e/ou o cuidador quanto às adaptações da residência necessárias para a segurança do paciente;
  • Outras medidas que julgar importante de acordo com a necessidade do paciente.

 

O tratamento fisioterápico tem como principal objetivo estimular a capacidade funcional do paciente, proporcionar novas experiências motoras e sensoriais pela prática de exercícios terapêuticos direcionados às dificuldades analisadas através de uma avaliação individualizada, levando em consideração o ambiente, o histórico pessoal e a realidade do idoso e de sua família.

 

O plano de tratamento pode conter uma vasta gama de exercícios, que pode incluir o treino sensório-motor, que são exercícios que trabalham o equilíbrio, coordenação e a sensação do posicionamento do corpo no espaço visando à estabilidade postural e melhora no controle dos movimentos, o treino de marcha e de equilíbrio com suspensão parcial do peso para facilitar o controle do corpo contra a ação da gravidade, a facilitação neuromuscular proprioceptiva, o conceito Bobath entre outros.

 

 

Fisioterapia para Idoso Frágil e Cuidados Paliativos

O papel do fisioterapeuta no cuidado paliativo Segundo a Organização Mundial de Saúde cuidados  paliativos pode ser definido como “uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento”, mas de uma maneira mais simples podemos entender os cuidados paliativos como a arte de cuidar associada aos conhecimentos científicos. Entre os princípios do cuidados paliativos estão:

 

  • Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis
  • Afirmar a vida e considerar a morte um processo natural
  • Não acelerar nem adiar a morte
  • Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente
  • Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível até o momento da sua morte
  • Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e o luto
  • Oferecer abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto
  • Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença

 

Dentro dessa visão os cuidados paliativos deve ser iniciado desde o diagnóstico de uma doença que ameace a vida, pois quando protocolos médicos são em paralelo feitos junto com uma abordagem de paliação, permite-se que seja resgatada e valorizada a dignidade humana diante de uma condição de finitude da vida.

 

O fisioterapeuta, tem um importante papel através de seu  arsenal de técnicas e recursos para alivio da dor e outras condições incapacitantes como a dispnéia. Cabe ao fisioterapeuta, possibilitar a manutenção da autonomia do doente e dar suporte para que o mesmo se mantenha em atividade – sempre que possível –  orientações aos familiares e cuidadores em relação a trocas posturais e transferências, posicionamentos e mudanças de decúbito,  principalmente focando na prevenção de úlceras por pressão, prevenção da síndrome do imobilismo e suas complicações, priorizar as condições ventilatórias através de exercícios respiratórios e eliminação de secreções pulmonares, são alguns exemplos do que o fisioterapeuta pode realizar com pacientes sob cuidados paliativos.

 

Vale ressaltar que existe uma diferença entre cuidados paliativos e terminalidade, mesmo que a primeira acaba evoluindo para a segunda, isso pode demorar de dias a anos, a partir desse pressuposto deve se priorizar uma abordagem fisioterapêutica eficaz e que permita que enquanto houver vida as tentativas de minimizar qualquer desconforto que possa atingir o paciente não devem ser cessadas.

 
 

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